«Que farias se todos os dias fossem iguais e nada do que fizesses importasse?»

sábado, 19 de janeiro de 2013

You want to tell me what this is all about?


You want to tell me what this is all about?
As I walk through the valley of the shadow of deathI take a look at my life and realize there's notin left

terça-feira, 11 de maio de 2010

"H - Heaven or Hell ? You Decide"

Gentileza de Margarida Neves



«O Céu não não é um sítio que possamos ver. É um sítio em que acreditamos.» Maria Shriver

Livre Arbítrio - "Al Pacino Speech on Devil's Advocate"

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Desejo de viver


«Parabéns pelos 40 anos. Vou levar o tónus muscular dos teus antebraços, o timbre infantil da tua voz, a tua tolerância à cafeína e a tua capacidade de digerir batatas fritas. O resto pode ficar.»

- Obrigada?

sábado, 8 de maio de 2010

O dia em que morri


"O Céu começou a ficar muito cheio, e por isso São Pedro decidiu aceitar apenas pessoas que tivessem tido um dia muito mau no dia em que tinham morrido. Na primeira manhã da nova política, São Pedro disse ao primeiro homem da fila: - Fala-me sobre o dia em que morreste. O homem disse: - Oh, foi horrível. Eu tinha a certeza que a minha mulher andava a enganar-me, por isso voltei mais cedo a casa para poder apanhá-la em flagrante. Revistei o apartamento todo e não consegui encontrar o amante dela em parte alguma. Por fim, fui à varanda e vi o homem pendurado pelas pontas dos dedos do lado de fora. Entrei, fui buscar um martelo e comecei a bater-lhe nas mãos. Ele caiu, mas aterrou nuns arbustos e sobreviveu. Fui para dentro, peguei no frigorífico e empurrei-o até à varanda. O frigorífico esmagou-o, mas o esforço provocou-me um ataque cardíaco e morri. São Pedro não podia negar que tinha sido um dia horrível e um crime passional, por isso deixou o homem entrar no céu. Depois, perguntou ao homem seguinte como tinha sido o dia da sua morte. - Bem, senhor, foi horrível. Eu estava a fazer aeróbica na varanda do meu apartamento quando escorreguei e caí. Consegui segurar-me na varanda do apartamento do andar de baixo mas depois apareceu um doido e começou a martelar-me os dedos! Caí, mas aterrei nuns arbustos e sobrevivi! E depois o tipo veio novamente à varanda e atirou o frigorífico para cima de mim! E foi isso que me matou! São Pedro riu-se à socapa e deixou-o entrar no céu. - Fala-me sobre o dia em que morreste - pediu ao terceiro homem. - Então, imagine isto: estou nu, escondido num frigorífico..."

E que tal conversarmos um pouco. E não se esqueçam que cinco minutos aqui podem durar uma eternidade ou um só momento. Li na página 12 do manual que me inspirou a criação deste espaço etéreo que "somos as únicas criaturas que percebem que vão morrer e também somos as únicas criaturas que se imaginam a viver eternamente". Exacto: é desta combinação que a indústria farmacêutica obtém os seus lucros, que os psiquiatras, psicólogos e comediantes ganham o seu pão e que se regista o excesso de ruído de preces e orações. Mas esta é também uma afirmação pretensiosa dos autores. Como saber se uma baleia, um elefante, uma formiga z ou uma abelha Barry B. Benson não partilham as mesmas angústias?

Indiferença perante a morte


"Indiferença perante a morte? Isso não é muito útil, Artie (Arthur Schopenhaur), e o ponteiro do nosso angustiómetro está a enlouquecer. Depressa, precisamos de uma boa piada de indiferença relativamente à morte.

Ole morreu e Lena, a sua mulher, foi ao jornal local para colocar uma nota no obituário. Depois de lhe dar os pêsames, o funcionário perguntou-lhe o que gostaria de dizer sobre Ole.
- Ponha apenas «Ole faleceu» - respondeu ela.
O homem ficou perplexo e exclamou:
- Só isso? Tenho a certeza de que gostaria de dizer mais alguma coisa sobre o seu marido. Viveram juntos durante 50 anos, têm filhos e netos. Além disso, se está preocupada com o preço, devo dizer-lhe que as primeiras cinco palavras são de graça.
- Está bem - disse Lena. - Escreva: «Ole faleceu. Vende-se barco.»"

in Heidegger e um Hipopótamo chegam às Portas do Paraíso, Thomas Cathcart &Daniel Klein, p.16